Que a fotografia representa um instrumento de preservação de memória isso ninguém discute. É realmente a forma mais eficaz de se relembrar fatos, pessoas, costumes, etc. Agora, um ponto importante que vem sendo discutido hoje em dia pelos profissionais que se preocupam com o futuro dos registros é: como preservar as fotografias digitais.
Transcrevo alguns trechos de uma matéria do site Labjor - UNICAMP:
FOTÓGRAFOS DISCUTEM PRESERVAÇÃO DE IMAGEM DIGITAL
Desde sua invenção, a fotografia tem sido utilizada como instrumento para a memória: um ínfimo recorte do tempo e do espaço que, registrado através da luz, poderá ser perpetuado por séculos. Porém, se não preservarmos essa imagem ela desaparecerá, como efêmera que é. A fotografia digital também se mostra frágil, colocando novos desafios para a preservação. Para muitos fotógrafos, a película fotográfica ainda é o meio mais seguro de conservação de uma imagem.(...)
(...) Como fazer para que milhões de imagens produzidas todos os anos não se percam? Como protegê-las da ação do tempo e garantir que elas continuem a comunicar ao longo de outras gerações? Desde o início da fotografia digital esse debate se tornou fundamental dentro dos centros de documentação e museus e, agora, começa a ganhar lugar também nas maletas fotográficas e nos arquivos pessoais de todos aqueles que adoram fotografar.(...)
(...)Além da restauração, existe a questão do material. Se uma imagem, hoje, estraga, muitas vezes você não pode fazer outra, pois não existe mais o papel. E a película fotográfica ainda é o meio mais seguro de conservação de uma imagem”, afirma Sandra Baruki (ela é coordenadora do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte) (...)
(...) Millard Schisler e de Patrícia Di Filippi lembraram a necessidade da preservação preventiva: que o próprio fotógrafo selecione e organize periodicamente suas imagens, mantendo-as atualizadas com as mudanças tecnológicas. “O que se guarda acaba tornando-se a nossa história e o que não é guardado se perde e é apagado de nossas memórias”, alerta Millard, para quem é importante que se tenha em mente que algo sempre se perderá, e que por isso precisamos escolher o que queremos guardar, principalmente diante da possibilidade, com a fotografia digital, de se produzir grande quantidade de imagens. Por isso, seria fundamental uma seleção periódica, para impedir que aquilo que é realmente importante se perca junto com todo o resto. Seguindo este raciocínio, Schisler e DiFilippi ressaltam a questão da velocidade com que novas tecnologias são colocadas e retiradas no mercado e como esta rapidez é um dos principais fatores de risco para a perda da memória fotográfica. Para evitá-la, é preciso sempre migrar os arquivos para a tecnologia mais recente, evitando que eles fiquem presos em um suporte obsoleto (como aconteceu com os disquetes). (...)
(...) A sugestão feita por Schisler (...) “monte, escreva legendas, dê um nome e mande encadernar com capa dura. Pronto: você terá uma prática forma de guardar viva suas memórias”. (...)
Fica aí a sugestão (que eu concordo e assino embaixo): Monte seu álbum de fotos! Tenha cuidado com a memória, pense em quem vem depois de você, pense no futuro, e em como é importante ter o passado relembrado, seja por fotografias, vídeos, letras... preserve, dê valor às suas raízes... elas são importantes para a construção de quem somos, ou queremos ser!
Para ver a matéria na íntegra, acesse:
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=487