quarta-feira, 2 de junho de 2010

A preservação na era digital

Que a fotografia representa um instrumento de preservação de memória isso ninguém discute. É realmente a forma mais eficaz de se relembrar fatos, pessoas, costumes, etc. Agora, um ponto importante que vem sendo discutido hoje em dia pelos profissionais que se preocupam com o futuro dos registros é: como preservar as fotografias digitais.

Transcrevo alguns trechos de uma matéria do site Labjor - UNICAMP:

FOTÓGRAFOS DISCUTEM PRESERVAÇÃO DE IMAGEM DIGITAL

Desde sua invenção, a fotografia tem sido utilizada como instrumento para a memória: um ínfimo recorte do tempo e do espaço que, registrado através da luz, poderá ser perpetuado por séculos. Porém, se não preservarmos essa imagem ela desaparecerá, como efêmera que é. A fotografia digital também se mostra frágil, colocando novos desafios para a preservação. Para muitos fotógrafos, a película fotográfica ainda é o meio mais seguro de conservação de uma imagem.(...)

(...) Como fazer para que milhões de imagens produzidas todos os anos não se percam? Como protegê-las da ação do tempo e garantir que elas continuem a comunicar ao longo de outras gerações? Desde o início da fotografia digital esse debate se tornou fundamental dentro dos centros de documentação e museus e, agora, começa a ganhar lugar também nas maletas fotográficas e nos arquivos pessoais de todos aqueles que adoram fotografar.(...)

(...)Além da restauração, existe a questão do material. Se uma imagem, hoje, estraga, muitas vezes você não pode fazer outra, pois não existe mais o papel. E a película fotográfica ainda é o meio mais seguro de conservação de uma imagem”, afirma Sandra Baruki (ela é coordenadora do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte) (...)

(...) Millard Schisler e de Patrícia Di Filippi lembraram a necessidade da preservação preventiva: que o próprio fotógrafo selecione e organize periodicamente suas imagens, mantendo-as atualizadas com as mudanças tecnológicas. “O que se guarda acaba tornando-se a nossa história e o que não é guardado se perde e é apagado de nossas memórias”, alerta Millard, para quem é importante que se tenha em mente que algo sempre se perderá, e que por isso precisamos escolher o que queremos guardar, principalmente diante da possibilidade, com a fotografia digital, de se produzir grande quantidade de imagens. Por isso, seria fundamental uma seleção periódica, para impedir que aquilo que é realmente importante se perca junto com todo o resto. Seguindo este raciocínio, Schisler e DiFilippi ressaltam a questão da velocidade com que novas tecnologias são colocadas e retiradas no mercado e como esta rapidez é um dos principais fatores de risco para a perda da memória fotográfica. Para evitá-la, é preciso sempre migrar os arquivos para a tecnologia mais recente, evitando que eles fiquem presos em um suporte obsoleto (como aconteceu com os disquetes). (...)

(...) A sugestão feita por Schisler (...) “monte, escreva legendas, dê um nome e mande encadernar com capa dura. Pronto: você terá uma prática forma de guardar viva suas memórias”. (...)

Fica aí a sugestão (que eu concordo e assino embaixo): Monte seu álbum de fotos! Tenha cuidado com a memória, pense em quem vem depois de você, pense no futuro, e em como é importante ter o passado relembrado, seja por fotografias, vídeos, letras... preserve, dê valor às suas raízes... elas são importantes para a construção de quem somos, ou queremos ser!

Para ver a matéria na íntegra, acesse:
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=487

2 comentários:

  1. Raquel, parabéns pelo seu blog. Gostei muito desse post sobre a preservação na era digital. Coincidência ou não, eu estava justamente agora no site da Saraiva vendo os preços dos fotolivros e pensando em tantas fotos que tenho aqui, mais do que posso me lembrar, muitas de eventos importantes, como meu casamento, viagens com a esposa etc.

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  2. Acredito que as pessoas aos poucos vão tomando consciência sobre a necessidade de se adquirir o hábito de preservação. Aproveito para lembrar que muitas pessoas copiam as fotos para DVDs e CDs como modo de guarda-las (ou liberar espaço nos HDs) e dessa forma dizem que estão fazendo BACKUP das fotos. Backup significa cópia de segurança, vc mover seus arquivos para outro tipo de mídia não é necessariamente uma cópia de segurança. Por outro lado. Um ponto positivo da fotografia digital é a possibilidade de replicar o arquivo quantas vezes quiser sem perder a qualidade deste. Podemos dizer que uma fotografia hoje é eterna. Mas é preciso ter atenção e cuidados específicos na preservação, pois estas mídias (CDs, DVDs, etc) possuem tempo de vida útil, e mesmo com os avanços dos gravadores, pode ser que daqui há algum tempo um ou outro CD ou DVD não possam mais ser acessados, então, tem que estar antenado com as novidades tecnologicas, com a questão da preservação e da memória.

    Um abraço a todos.

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