Em meio às pesquisas na internet, me deparei com esta entrevista realizada pelo Globo Universidades com o fotógrafo e professor Boris Kossoy em 15/03/2010. Incluo parte dela aqui porque reflete parte do meu pensamento sobre a era digital. Vejam:
BK – Há mesmo uma verdadeira febre epidêmica, mas que gera poucas imagens interessantes. E isso vale tanto para o fotógrafo amador como para o profissional. Houve um tempo em que o fotografo saía com uma pauta levando “x” rolos de filme. Ele tinha que resolver o assunto com aquilo. O que isso fazia com a cabeça do indivíduo? Fazia, no mínimo, com que ele pensasse um pouco. Ele tinha que economizar, tinha que registrar a grande cena. E se tivesse preparo e talento, podia resolver a história toda num filme, em 36 poses, o que outros não resolveriam com 300 fotos. Não tenho nada contra as novas tecnologias e também comprei o meu equipamento digital, apesar de preferir o filme. Mas ter na mão uma câmera digital não precisa fazer de você alguém que a utiliza como uma metralhadora. Muitos fazem isso porque têm graves deficiências de formação. É mais ou menos como pular da árvore para o computador. Nunca se produziu tanta foto, mas quando se fala no que já se fez de melhor com uma câmera, os nomes citados ainda são os mesmos: (Eugène) Atget, Robert Capa, Cartier- Bresson, Eugene Smith, Walker Evans...
A pergunta é: qual a qualidade iconográfica, histórica e estética das imagens que são produzidas hoje em dia? Qual o papel da fotografia na vida das pessoas? Qual a motivação que leva as pessoas a fotografarem/ se fotografarem??
Fica aí a questão!
Para conferir a entrevista na íntegra, acesse: http://globouniversidade.globo.com/GloboUniversidade/0,,AA1709160-8745,00.html
Fonte da imagem: http://www6.ufrgs.br/memoria/banco/image.php?page=1&gallery_id=25&image_id=331
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